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Tecnologia

FPSO: O que é e como funciona 

O FPSO (Floating Production, Storage and Offloading) é uma forma de processamento e produção de gás muito utilizada no Brasil. Mas você sabe como ele funciona e como é a sua operação no Brasil? 

Neste artigo eu tiro essas dúvidas e ainda mostro que essa tecnologia poderá ser usada no futuro para a produção de hidrogênio verde. Confira!

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FPSO significado

FPSO vem do inglês e significa Floating Production, Storage and Offloading. Traduzindo para o português seria uma Unidade flutuante de armazenamento e transferência. 

No próximo tópico falaremos mais sobre o significado e funções de um FPSO. 

Veja também: Como a periodicidade ajuda na prestação de serviços

O que é um FPSO?

Os FPSO são unidades de processamento e produção de petróleo e gás, que estão conectadas a vários poços por meio de Manifolds, ou seja, equipamentos montados no leito marinho e que interligam as linhas de produção e injeção nos poços. Os Manifolds podem ser de injeção de água, CO2, químicos ou de gás. 

Os FPSO são construídos a partir de um navio tanque e em cima dele são montados módulos de produção. 

O casco dos navios que servem de base para os FPSO são reutilizados, porém os novos FPSO estão sendo construídos em cascos especiais para a função que precisam desempenhar, o que colabora para uma maior capacidade de armazenamento no convés ou no deck e oferece um maior preparo para receber os módulos de produção. 

Hoje os equipamentos de Topside do FPSO fazem o tratamento e produção do petróleo e do gás. Mas olhando mais adiante o futuro do FPSO será a energia eólica flutuante. 

Imagine um FPSO conectado ao parque eólico offshore, em que o FPSO irá ter uma planta produzindo hidrogênio verde (H2) e Amônia (NH3), que serão armazenados nos seus tanques a fim de levar o hidrogênio verde e a amônia para o continente. 



Como funcionam os FPSO 

Os módulos dos FPSO são projetados de acordo com as especificações do óleo e gás. O primeiro módulo e o módulo de separação multifásica separam por gravidade a água, o óleo e o gás. 

Logo em seguida vem o módulo de secagem e compressão de gás, em que o gás pode ser tanto injetado na formação, quanto utilizado como combustível para a geração de energia elétrica ou comprimido e enviado para o continente. 

O óleo é tratado em secadores e separadores de sedimentos e levado para os tanques para aguardar o navio aliviador. 

Existem outros módulos no FPSO, como o módulo de tratamento de água, que realiza um tratamento para que a água seja utilizada para refrigeração , para geração de vapor ou para ser injetada na formação. 

Também existem os módulos de utilidade (gerador de vapor, ar comprimido e refrigeração), o módulo de geração de energia elétrica (turbo gerador e subestação de distribuição de energia elétrica) e até o módulo de tratamento de gás H2S (Hidro Sulfúrico) se for o caso. 

Na acomodação onde os profissionais fazem suas refeições e dormem, também temos o módulo do carretel da mangueira de Offloading, que se conecta ao navio aliviador da produção. 

Veja também: Qualidade na prestação de serviço: quais critérios importam?

Quantos FPSO tem no Brasil? 

De todas as unidades de produção em operação no Brasil, cerca de 79 são do tipo FPSO e a maioria delas operam para a petroleira Petrobras. Existe a previsão de chegarmos a um número ainda maior, devido a operação do pré- sal no Brasil. 

Como os FPSO funcionam no Brasil?

No Brasil possuímos atualmente 165 plataformas de petróleo espalhadas por toda a costa brasileira. Existem alguns tipos de unidades de exploração de óleo e gás que são projetadas a partir de algumas características, como lâmina d’água onde será instalada e tipos de óleo e gás utilizados. 

Essas unidades são do tipo fixa, semi submersível e FPSO. Plataformas fixas são unidades fixadas ao leito marinho (solo) através de pernas de aço, tipo treliças e são utilizadas em águas rasas de até 300 metros de profundidade. Já as plataformas semi submersíveis são unidades que possuem em seu projeto dois submarinos, que ajudam na estabilidade da plataforma, que é ancorada. 

Os FPSO  são muito utilizados em nossa costa pois as instalações estão em uma lâmina d’água superior a 500 metros de profundidade, o que nos faz o maior consumidor deste tipo de unidade no mundo.  

A Petrobras, contratou uma série de unidades FPSO chamada de Replicante, um projeto desenvolvido para a construção em série de oito unidades replicantes. O casco desses FPSO foram projetados e construídos especialmente para essa série, assim como os equipamentos de Topside, havendo apenas poucas adaptações dependendo do tipo de óleo e gás da formação. 

As tecnologias envolvidas ainda estão sendo implantadas e testadas, pois já existem projetos de plantas de produção operando debaixo d’água. 

Os equipamentos são projetados para operar instalados no leito marinho, um projeto muito desafiador pois normalmente os FPSO operam por 20 a 30 anos no campo e essa é apenas a previsão de operação para os equipamentos, porque para a instalação é necessária uma boa logística. 

Os desafios vão além da fronteira da profundidade. Os equipamentos devem ter resistência, operar ininterruptamente, suportar temperaturas extremas, que podem ser muito altas ou muito baixas e  pressões, tanto da gravidade, quanto da formação geológica. 

Veja também: 5 principais erros cometidos por empresas prestadoras de serviços, empreiteiras e consultorias

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Sobre o autor

Danielle Reis

Graduada em automação industrial com muita experiência prática em gestão de projetos e processos industriais.

É especializada em automação e instrumentação industrial, certificada como Yellow Belt e tem conhecimentos sobre gestão de projetos na FGV, melhoria contínua e KPIs.

Tem 22 anos de experiência profissional na indústria onshore e offshore. É coordenadora de equipe de manutenção e chefe de equipe eletrônica Offshore.

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