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Conservação do meio ambiente: qual o papel das empresas nessa jornada?

Antes de começar a falar sobre esse tema é muito importante desfazermos um entendimento controverso sobre o que é conservação e preservação do meio ambiente. 

Muitas vezes usamos esses termos como sinônimos, porém eles representam ideias distintas. Vamos entender cada um deles:

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O que é Preservação Ambiental?

A preservação ambiental se refere à proteção integral de uma área, ou seja, sem qualquer tipo de intervenções antrópicas, mesmo que tal área possua um alto valor econômico ou utilitário. 

O que é Conversação do Meio Ambiente?

Já a conservação ambiental está relacionada ao uso dos recursos naturais de forma sustentável, ou seja, promovendo a qualidade de vida humana, causando o menor impacto possível para não comprometer a sobrevivência das gerações futuras.

Meio ambiente: quais são os tipos de áreas de proteção?

No Brasil, podemos citar dois tipos de áreas de proteção: 

A Unidade de Conservação de Proteção Integral 

Onde é permitido apenas o uso indireto dos recursos naturais, como em pesquisas científicas. 

A Unidade de Conservação de Uso Sustentável

Que permite ser habitada, desde que seja garantido o uso sustentável dos recursos naturais da propriedade, como o próprio nome já indica. 

Por fim, cabe ressaltar que esses dois tipos de áreas de conservação ainda são subdivididos em categorias que definem qual o objetivo da conservação e quais usos são permitidos para cada uma. 

No entanto, não irei aprofundar nas categorias, neste texto. Para quem quiser ler mais a respeito, pode iniciar a pesquisa pelo Portal da WWF-Brasil.

Qual a importância da conservação ambiental?

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Agora que já foi distinguido o que significa cada termo, voltaremos a falar sobre a importância da conservação ambiental. 

A Constituição Federal traz no Art. 225 que: 

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”

Ou seja, é dever de todos a garantia do uso sustentável dos recursos naturais que o planeta dispõe e essa cobrança tem cada dia se intensificado mais, principalmente visualizando as tendências desfavoráveis das mudanças climáticas e a capacidade cada vez mais reduzida de regeneração do planeta.

Pensando em todo esse cenário, é possível perceber que o impacto negativo nos ecossistemas pode gerar um efeito generalizado e não apenas localizado. 

Os impactos negativos observados hoje são mensuráveis tanto em aspectos ambientais quanto sociais e econômicos. Consequentemente, há um aumento na pressão em cima das empresas para pactuarem com as melhores práticas e soluções para evitar, eliminar ou mitigar os impactos negativos ao meio ambiente, advindos de suas atividades. 

O papel das empresas na conservação do meio ambiente 

O maior objetivo de uma marca ou empresa é se destacar no mercado em que atua, mas hoje esse destaque não depende apenas do produto final oferecido. 

Um fator que tem influenciado muito na decisão de compra do consumidor, nas avaliações de risco do negócio e na decisão dos investidores em aplicar ou continuar aplicando dinheiro em uma empresa é a sustentabilidade. 

O crescimento de um negócio deve ser benéfico, também, ao meio ambiente e à sociedade e não apenas aos proprietários. 

Por esse motivo a sustentabilidade empresarial tem sido uma pauta muito discutida nos planejamentos estratégicos das empresas.

Para manter um mercado competitivo e conseguir se destacar, as empresas precisam pensar em ações em prol do desenvolvimento social e conservação do meio ambiente, mas não podem deixar de lado os aspectos econômicos que garantirão a sua permanência no mercado e o seu futuro.

O que significa o termo ESG e qual sua relação com o meio ambiente? 

Nos últimos tempos um termo tem ganhado grande notoriedade em matérias, discussões, artigos etc. 

O termo ESG. Esse termo quer dizer Environmental, Social and Governance, onde a tradução é Meio Ambiente, Social e Governança. 

Muitas empresas estão em busca de entender o que é essa novidade e como aplicá-la, já que os critérios ESG ampliam a competitividade do negócio no mercado. 

No entanto, a verdade é que ESG não é uma inovação e sim a própria sustentabilidade empresarial, ou seja, é um assunto há muito discutido nos planejamentos estratégicos.

Quais são as ferramentas e critérios para a gestão do meio ambiente da sua empresa?

De acordo com o Climate Change and Sustainability Services, os critérios ESG estão totalmente relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que descreve os grandes desafios e vulnerabilidades para cuidar do nosso planeta e melhorar as questões sociais e de governança corporativa. 

Então, respondendo à grande questão, uma empresa está em conformidade com a sustentabilidade empresarial quando entende seus impactos positivos e negativos na sociedade e no meio ambiente e consegue agir sobre eles de forma a potencializar os impactos positivos e minimizar os negativos. 

Neste sentido, os dez princípios do Pacto Global e os 17 ODS podem nortear esta avaliação quanto ao nível de maturidade da cultura sustentável na empresa.

O principal guia para as empresas utilizarem no processo de adequação de suas operações quanto às boas práticas da sustentabilidade empresarial são justamente os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, estabelecido pela ONU em 2015.

Para isso, já existem algumas ferramentas para fomentar a implantação de um sistema ESG, como os guias e programas do Pacto Global.

As ações, impactos e resultados do negócio nos meios internos e externos são acompanhados de perto por seus stakeholders. 

Dessa forma, é importante comprovar os resultados das medidas sustentáveis adotadas por meio de relatórios integrados com índices específicos que mensurem o grau de sustentabilidade empresarial do negócio. 

Este relatório é importante tanto para tomadas de decisão e desenvolvimento estratégico da empresa, quanto para demonstrar como a mesma está perante o desenvolvimento sustentável, e assim ganhar maior solidez no mercado.

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Sobre o autor

Camila Lacerda

Engenheira Química especializada em meio ambiente. Mais de 6 anos de experiência nas áreas de engenharia, licenciamento e gestão ambiental, em empresas multinacionais no segmento de mineração e planta química e com breve passagem pelo Órgão Ambiental do Estado de São Paulo. Atualmente, atua como Engenheira de Meio Ambiente na AngloGold Ashanti.

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